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Filmes

WARNING

Nesta seção há breves resumos sobre os filmes que assisti para avaliar os cinemas. Pode haver spoiler.

➡️ Lista - comece por aqui

Listado em ordem crescente a partir da data em que vi os filmes

FilmeGêneroCinema
Minha irmã e euComédiaCineart Cidade
Duna 2FicçãoCineart Boulevard IMAX
Guerra CivilAçãoCineart Minas Shopping
Godzilla e KongFicçãoCineart Boulevard
Planeta dos Macados: O reinadoFicçãoCineart Cidade
Deadpool e WolverineAçãoCineart Boulevard IMAX
The Crow (2024)TerrorCinemark Patio Savassi
Pisque duas vezesSuspenseCinemark Patio Savassi
Coringa: Delírio a doisMusicalCineart Boulevard
Venom: A Última RodadaAçãoCineart Cidade
O segundo atoDramaCineart Ponteio
Ainda estou aquiDramaCineart Ponteio
O Auto da Compadecida 2ComédiaCineart Minas Shopping
ConclaveThrillerCineart Boulevard
O BrutalistaDramaCineart Boulevard IMAX
Better ManMusicalCineart Ponteio
VitóriaDramaCineart Ponteio
PecadoresTerror (?)Cineart Minas Shopping
A mulher no jardimTerror (?)Cineart Cidade
Lilo & Stich (2025)InfantilCineart Del Rey
BailarinaAçãoCineart Del Rey
ManasDramaUna Belas Artes
Entre dois mundosDramaUna Belas Artes
Silencio das ostrasDocumentário (?)Cinema Minas Tenis Club
O Barbeiro ConspiracionistaComédiaCinema Minas Tenis Club

Minha irmã e eu

Duas irmãs preparam-se para fazer a festa de aniversário da mãe delas - e vai ser especial, contando com a presença de toda a família. Porém, numa discussão elas chateam a mãe que resolve fugir. Na procura da mãe, as duas irmãs aproximam-se, reconstruindo uma conexão que há muito não tinham.

É uma comédia leve, tem um pouco de apelo sexual, mas nada vulgar. O filme é estrelado pela Tatá Werneck e Ingrid Guimarães, que mesmo numa história fraca, de orçamento limitado, conseguem "salvar" o filme, com o carisma e a "graça natural" que elas têm.

Duna 2

É a continuação de Duna, de 2021. Neste longa, os personagens unem forças para derrubar e tomar novamente o controle do planeta pela Casa de Especiarias dos Artreides. Paul Artreides passa a ser visto pelo "povo do deserto" como um deus e lidera a empreitada contra o Império.

O filme é ótimo.

Guerra Civil

Num Estados Unidos distópico, alguns estados estão numa guerra civil contra o governo e o exército. Um grupo de jornalistas decide ir até Washington entrevistar o presidente antes que ele seja assassinado. Mas até chegar a capital, eles tem muitas barreiras no caminho.

É bom e fora da casinha.

Godzilla e Kong

Na Terra Oca, Kong machuca o dente e precisa da ajuda dos humanos para repará-lo. Enquanto isso, Godzilla segue como um "guardião" da Terra apesar da sua grande habilidade em destruir tudo pelo caminho. Uma insurreição começa a surgir na Terra Oca e os dois precisam se unir para combater o inimigo.

O filme não é bom. A história não cativa; é muito tempo de tela de gritos e os personagens humanos são bem estereotipados.

Planeta dos Macacos: O reinado

Um tirano tem sob o seu poder grupos e mais grupos de macacos. O objetivo dele é conseguir acesso à alta tecnologia que os humanos deixaram pra trás e para isso ele escraviza macacos em busca de abrir uma porta de um bunker que os humanos se estabeleceram. O nosso personagem principal, junto dos seus amigos e uma "figura falante" desencadeiam grandes peripécias...

O filme é xôxo. Saí da sala com a perceção de que faltava algo. Talvez seja o desenrolar da história que foi bastante presível, ou a duração do filme, que não é o meu gênero mais preferido, ou ainda "figura falante" que não cativa muito e é desmascarada algumas vezes...

Deadpoll e Wolverine

Deadpoll retorna nesse filme movido pela força da amizade e o Wolverine pelo amargo arrependimento dos erros cometidos por ele no universo dele no passado. Nesse filme fã-service 🤓 e lotado de piadas e críticas, que já saturaram, envolvendo a Marvel, a Fox e a Disney, Deadpoll visa salvar o mundo em que vive enquanto o Wolverine, por sua vez, ser reconhecido como um herói.

Apesar de a trama ser concisa e eu não me recordar de nenhum furo de roteiro, a história é fraca - não dá vontade de continuar a ver o filme, e a vilã, irmã do professor Xavier, não é a melhor dos vilões.

O filme é mais um de multiverso. Mais um para conta.

The Crow (2024)

Apesar de um tanto violento, o filme é bom. O amor entre o Eric e a Shelly que rodeia a história é motivadora (se é que esse é um sentimento que possa se ter vendo um relacionamento de fora). Ainda não assisti os outros filmes de corvo rsrs, mas depois de assitir à 1h50 do Eric (interpretado pelo Bill Skarsgard) morrendo 3 vezes, se apaixonando loucamente por uma moça que ele conheceu a pouquíssimo tempo e sendo um jovem traumatizado pelo seu passado, com certeza os outros filmes entrarão na minha listinha para assistir.

Pisque duas vezes

CAUTION

⚠️ Gatilho: abuso, violência

Confesso que antes de assistir eu vi a resenha da Isabela Boscov sobre esse filme, e lá ela chamava a atenção para o trabalho feito com as cores neste filme, e sim, é fascinante! Tudo foi pensado nos mínimos detalhes e os tons contrastantes, sempre bem saturados dão um tchan a mais nesse filme.

A história, apesar de no início parecer só mais um filme como Corra e Midsommar, é bem construída. Em certo ponto do filme, o drama que a protagonista passa chega a ser palpável. Isso sem falar no plot twist, também que é maravilho para espectadores como eu, que esperam um final minimamente justo.

Coringa: Delírio a dois

É ruim. É péssimo. É terrível. É um musical...

Esse filme vai ficar sem resumo mesmo.

Venom: A Última Rodada

“A Última Rodada" foi o título escolhido para o último filme da saga de Eddie Brock e o simbionte Venom. O filme é mais um filme de “super-herói” genérico que segue a já cansada jornada do herói.

No filme, Venom e Eddie estão a ser cassados por possuir o codex (nome ótimo e original, diga-se de passagem) - que é basicamente, uma espécie de fórmula para criar outros simbiontes.

Na tentativa de fuga, Eddie acaba acidentalmente encontrando uma família meio conspiracionista meio 'hippie' em busca de ver a área 51 antes que ela fosse desativada e a partir daí, praticamente, que o filme começa.

No filme tem tudo do mais clichê:

  • O general ignorante que acha que as coisas devem ser feitas do jeito dele
  • Os cientistas, muito humanos, querendo fazer tudo direitinho
  • e um indivíduo que sabe de tudo o que vai acontecer e é a Wikipédia do filme

Não é bom. Também não é engraçado e não se salva por esse aspecto como o filme anterior do Venom.

O segundo ato

É um filme francês sobre um filme que está a ser gravado, escrito e dirigido por uma AI. O filme é uma comédia leve e bem humorada, com cenas e diálogos longuíssimos que quebram a quarta parede dentro da quarta parede (a primeira pelo filme que está a ser gravado, a segunda pelo filme que estamos a assistir).

O filme é bom, é uma crítica bem humorada ao cinema e a indústria cinematográfica.

Ainda estou aqui

Até agora, da lista, este é o filme mais emocionante. Por ser um filme baseado em 'fatos reais' e o desaparecimento ser o fato que desencadeia a história, o filme é muito emocionante.

A atuação da Fernanda Torres enquanto mãe de cinco filhos e uma esposa atrás do seu marido é um dos destaques do filme. No final, a participação da mãe dela, a Fernanda Montenegro é a estaca que faltava para o espectador se debruçar em lágrimas.

Nesse filme, as pequenas coisas são as que mais importam. No final, já nos créditos, as fotografias reais da família que inspirou o filme são mostradas e aí, se sobrou alguma ficha, ela cai.

O Auto da Compadecida 2

O filme é uma comédia leve e bem humorada. Não espere muito desse filme, por quê é uma continuação de filme que estreou há 20 anos. Vários personagens aqui foram substituídos, e não houve cuidado algum com a similaridade entre os atores. O filme é bom, mas não é o melhor filme de comédia que você vai assistir.

Conclave

É bárbaro!! No filme, o papa morreu e a cerimônia de escolha do novo papa precisa ser feita. O cardeal Lawrence, protagonista do filme está em dúvidas quanto a sua fé na Igreja e, ao mesmo tempo, é o responsável por organizar o conclave.

Antes mesmo de começar, fica claro que há uma disputa entre várias facções (termo que o próprio filme usa) dentro da cúpula da Igreja, cada qual com sua agenda e interesses específicos. O aparecimento de um sarcedote do Afeganistão intriga os membros da cerimônia. Com o início do conclave, as disputas ficam ainda mais intensas, um suposto caso de corrupção e a existência de filho de um membro da Igreja contribuem para deixar o clima ainda mais hostil.

Do lado de fora do Vaticano, atentados estão a ocorrer. Muitos ficam feridos e o cardeal tem que lidar com tudo isso.

É um filme tenso do início ao fim. O ator que faz o cardeal Lawrence é impecável. Um excelente filme.

O Brutalista

Eu já falei muito mal desse filme, mas "volto atrás" em tudo que disse.

Laslo Tóth é um arquiteto judeu que acabou de ser liberto de um campo de concentração. Ele foi separado da sua filha e da esposa, e agora está a caminho dos Estados Unidos. Com esperanças de construir a sua vida de novo, ele chega a NY e a primeira coisa que vê é a estátua da Liberdade. Mas, na visão dele, ela não está como a conhecemos. Normalmente esperaríamos ver a estátua de baixo para cima, mas Laslo vê uma estátua distorcida, que se movimenta e chega a fica de ponta a cabeça...

Em NY ele recebe a ajuda do seu primo, que construiu uma pequena empresa de móveis. A ideia é que junto de Laslo ele possa ter mais clientes. A esposa de do arquiteto mandava cartas para o primo e contou que estava na Europa junto da filha. Mas a parceria não dura muito. A esposa do seu primo, descontente com ter Laslo na sua casa, cria uma intriga e o arquiteto acaba morando em albergue, vivendo de bicos e de caridade. Ele faz uso frequente de drogas, heroína, eu acho.

Laslo, então, é convidado por um empresário para construir um espaço para a comunidade, na sua propriedade. O projeto é grande e Laslo o projeta em dimensões colossais: com amplas salas e corredores e uma capela, onde se forma uma cruz no altar através da luz do sol - dependendo da perspectiva a cruz fica invertida. Para o arquiteto, o objetivo do projeto é ser um bem social, mas com o tempo ficam claros os reais interesses do empresário. A sua esposa e filha finalmente deixam à Europa e passam a morar com o arquiteto. A mulher é jornalista e tem uma doença que a faz ter fortes dores e que dificultam a locomoção. Mas ela vive bem, com a ajuda da filha - uma menina recatada e retraída.

Conforme as obras vão a avançar e os problemas de orçamento e imprevistos acontecem, Laslo fecha o seu mundo cada vez mais para dentro das paredes que ele projetou. Ele não aceita opiniões de outros profissionais, briga com os trabalhadores e negligencia a própria família. O uso de heroína agora se tornou um vício.

[Disclaimer: a partir daqui o filme começa a correr e as coisas acontecem de forma muito rápida, fica um pouco confuso.] Ele vai até a Itália com o empresário, para escolherem o mármore, nessa viagem um "episódio de demonstração de poder". Novamente nos Estados Unidos, a esposa dele têm uma overdose. Quando se recupera, ela confronta o empresário, que desaparece.

E aí o filme acaba. O que vêm depois é o mesmo que acontece em "Ainda Estou Aqui": uma retrospetiva contando o que aconteceu nos anos seguintes.

Apesar de o final ficar em aberto e o filme ser muito longo - mas não é cansativo - é um bom filme. Claro que muitos não vão gostar, talvez pelo tamanho, ou pelo fato de apenas contar uma história ou ainda pelo fato de ser totalmente ficcional.

Better Man

Assistido em 23 de março de 2025

CAUTION

⚠️ Gatilho: suicídio, abuso de drogas e dependência

Este filme aborda o tema de forma explícita e visual. Se você é sensível ao tema ou está num momento difícil, não assista.

Comecei com o filme rolando há uns 30 minutos. Me atrasei por quê confundi os pontos de ônibus do 3050...

"Better Man", ou "Melhor Homem", em português é um filme fantástico. Este foi o primeiro musical que vi nos últimos anos genuinamente bom e que não me causou uma crise de ansiedade, esperando pelo final.

É a história de Robbie Willians, um músico que eu sequer sabia da existência. No filme, ele é um chimpanzé - provavelmente porquê para as pessoas ele era muito descolado e divertido, sei lá.

Fato é que o filme é bom. Em vários momentos tem mudanças bruscas no cenário em que a história se passa. Por sinal, é também muito bem produzido. Desse filme não tenho muito o que dizer, é a biografia dele, a história dele e da carreira que ele construiu. É a história do relacionamento complicado com o pai - que nunca foi presente na vida do menino, da avó paterna - e essa parte me pegou - que fez parte do crescimento dele e ele não esteve presente nos últimos momentos de vida dela...

Vitória

Assistido em 23 de março de 2025

No início eu fiquei confuso, meio incomodado com a atuação da Fernanda Montenegro, ela falava baixo e meio embolado, ficava difícil de entender e também em vários momentos era lenta - mas isso é coisa da idade. Chegar aos 90 anos não é pra qualquer um, passar dos 90 então...

Com alguns minutos de tela já dá pra acostumar. Se você viu o trailer sabe do que se trata. Se não, eu vou contar: é a história de uma moradora de um bairro na periferia do Rio. Atordoada pelo crescimento do tráfico e da violência da região ela resolve tomar alguma atitude.

Ela mora sozinha e ganha a vida fazendo massagens - ela aprendeu vendo a massagista de uma antiga patroa trabalhando. Mora em um prédio pequeno e de frente pra ele têm um aglomerado de casas - é lá que ficam os traficantes e é de lá também que saem as imagens que ela captura.

A Fernanda com certeza foi a atriz perfeita para o papel - não somente pelo fato de ela, apenas fisicamente, já impactar quem vê com as atitudes que ela toma, mas também por conseguir emocionar quem assiste, ao ver o quão disposta a idosa estava para que alguém - ela queria a polícia - tomasse alguma atitude com aquilo que ela via pela janela.

Vitória não é um filme policial, não é de investigação, não é um filme de suspense. É baseado em uma história real, não só da idosa que inspirou o filme, mas também de milhões de outros brasileiros que dia sim, dia também, vê - talvez não de uma janela - a inação do poder público, a canalice comendo solta e o crime, na frente de casa.

Se filmes genuinamente merecedores ganhassem o Oscar, "Vitória" mereceria um.

Pecadores

Assistido em 19 de abril de 2025

Uma patacoada. Sinceramente, se você espera alguma coisa desse filme você vive em Marte - ou não, talvez você só tenha mais saco que eu para a história do filme.

Para quem não está ligado, a lore é a seguinte: dois irmãos encrenqueiros e metidos à gangster deixam Chicago e voltam para um vilarejo que eles já viveram algum tempo. Em Chicago eles roubaram alguém muito rico e que tinha muitos destilados, aí eles levam toda a carga roubada e uma bolada de dinheiro para este vilarejo.

Lá, eles compram um seleiro e nele resolvem construir um bar. Na inauguração, eles chamam a comunidade para festejar, bebem e dançam horrores e no meio da festa, um trio de estranhos aparecem e querem ser convidados para entrar. Eles desconfiam e não deixam, mas a namorada (ou ficante) de um dos irmãos resolve por conta própria e livre e espontânea vontade ir falar com os estranhos. Nessa, ela acaba virando um vampiro e a partir dai é ladeira abaixo.

Não sei se algo salva essa bomba, talvez a trilha sonora, a edição - cheia de cortes que quebram a sequência de interações ou talvez o fato de o filme terminar - eles mostram os créditos junto de trechos da história - e depois continua, como se fosse um pós-créditos dentro do filme.

Não é perseguição, mas este é mais um filme ruim, péssimo, terrível, para o currículo do Michael B. Jordan - que até então só tem filmes ruins... (minha opinião)

A mulher no jardim

Assistido em 11 de maio de 2025

Assim como pecadores um filme de "Terror (?)". Mas é pior. Bem pior para falar a verdade. A história é desencadeada por um drama familiar, em que a mãe da família não é feliz com o seu casamento/vida. Em uma noite, voltando de um jantar conturbado, ela e o seu marido se envolvem em um acidente. Ele morre e ela sobrevive, mas têm que usar uma tala na perna. Naquela noite ela pediu para morrer, mas a morte não veio.

Corta para alguns meses depois (3 se não me engano) e a família passa por dificuldades. A personagem principal, a mãe da família vive numa casa velha, em uma espécie de chácara, longe de tudo, com seus dois filhos: o mais velho - um adolescente questionador e imprudente (assim como todos os adolescentes) e a irmã mais nova - uma menina bem pequena que está aprendendo a escrever. A mãe está bastante deprimida com tudo o que aconteceu e aparenta estar cansada da vida.

Em um dia, uma mulher aparece no gramado da família. Ela é misteriosa, usa um pano que cobre a face e seu tronco e fala de coisas que não deveria saber. A mãe da família é quem tem o primeiro contato com ela e descobre que aquela não é uma mulher qualquer e que está ali porquê ela fez um pedido.

O tempo vai passando e a mulher chegando mais perto da casa, até que, em determinado momento, no fim de tarde, quando a noite estava prestes a chegar a mulher do jardim entra e começa o corre-corre para fugir dela.

A história não é interessante. A lore não te prende. Também não é um filme que te assusta. Eu me interessei por esse filme pela capa, não vi resenha, não vi ninguém falando sobre. Mas é bem ruim. Poderia dizer que a atuação do ator que interpreta filho é boa mas ele não teve muito o que fazer nesse filme, já que é tudo muito monótono e chato.

Lilo & Stich 2025

Assistido em 10 de junho de 2025

É literalmente o live action da animação. Com poucas mudanças, tipo:

  • Menos tempo de tela para o cientista que criou o Stich e o moço magrelo que vem com ele para a Terra
  • No live action o Stich aparece depois que a Lilo briga na apresentação de dança (na animação ele aparece antes)
  • E nesse filme também, diferente da animação o cientista é mais malvado.

Ainda assim é um filme legal. Entretivo.

Bailarina

Assistido em 10 de junho de 2025

É um filme do universo de John Wick. A protagonista do filme é uma menina que viu o pai ser morto quando era criança. Ela cresce dentro de uma legião e treinada para ser uma assassina. E é isso que ela se torna. Porém, quando encontram pessoas que tinham as mesmas cicatriz daquelas que mataram seu pai ela resolve ir atrás de justiça.

Bem, e isso que ela consegue. Até mandam o John Wick para parar ela mas ele "se solidariza" pela causa e ela consegue finalizar o plano, mas é claro, gera consequências.

Esse filme, é bem igual ao primeiro do John Wick. Uma coisa triste acontece e depois é o gatilho para iniciar a matança. E assim como no primeiro filme, no final de Bailarina, fazem um contrato pela morte dela no valor de 5 milhões.

Um bom filme. Ação bacana. Quem curte o universo de John Wick vai gostar desse filme. Ele foi o último papel do ator que faz o mordomo do Continental de NY, antes dele falecer.

Manas

Assistido em 11 de junho de 2025

CAUTION

⚠️ Gatilho: abuso, violência

Até então, "Vitória" tinha sido o último filme que tinha me tocado no cinema. Escolhi assistir Manas pela sinopse que estava no site do cinema:

Marcielle, uma jovem de 13 anos que vive na Ilha do Marajó (PA), começa a entender que o futuro não lhe reserva muitas opções. Encurralada pela resignação da mãe e movida pela idealização da figura da irmã que partiu, ela decide confrontar a engrenagem violenta que rege a sua família e as mulheres da sua comunidade.

Eu juro que não tinha lido "Ilha de Marajó", por que senão lembraria imediatamente da fake news que circulou no ano passado (2024). Mas ainda assim, essa sinopse diz muito pouco sobre o que é o filme. E tá certo. Eu também não vi o traileir. Mas da metade em diante, o filme aborda diretamente as violências que as jovens da região sofrem.

Sem a presença do estado e no meio da Floresta Amazônica, cercada de água por todos os lados, viver na ilha é um exercício diário de sobrevivência. "Manas" é como as meninas se chamam. O filme não aborda as violências de forma escraxada.

Muito bem filmado, o espectador precisa estar atento ao que a câmera mostra. E é uma realidade desoladora e cruel.

Sem meios para se sustentar, as mulheres vivem dependendo dos seus maridos. E é essa a realidade na casa de Marcielle. A mãe, uma jovem, de uns vinte e poucos anos está a espera do quinto filho. Marcielle, é a filha mais velha na casa, mas tem uma irmã, Claúdia, que deixou a realidade e deu os próprios pulos para sair dali.

Na casa de palafita vive ela, o pai, a mãe, dois irmãos e uma outra irmã mais nova. Marcielle vai a escola, que não tem parede, onde vê outras meninas assim como ela, e também participa dos cultos e das atividades da igreja na ilha.

Ela não opções de um futuro ali. Com as violências diárias na vida da menina ela vai buscar alternativas, já que justiça, ali, não existe.

Eu saí da sala de cinema anestesiado. Eu escrevo esse texto mais de uma semana depois de ver o filme, e, sinceramente, até agora não superei. Tudo é muito triste.

A diretora teve todo o cuidado de não tornar o filme um espetáculo público de violência. O que é mostrado é para que você, individualmente, tome consciência do que acontece lá e em tantos outros lugares onde crianças e adolescentes crescem à própria sorte.

Entre dois mundos

Assistido em 11 de junho de 2025

Não esperava nada desse filme e entregou tudo. Também escolhi assisti pelo resumo: "uma escritora resolve trabalhar como faxineira para escrever seu livro sobre faxineiras. Porém como será que as pessoas vão reagir ao saber da verdade?" - era mais ou menos isso.

Assim como o último filme francês que vi, O Segundo Ato esse filme é para refletir sobre a desigualdade - não de classe, mas de profissões. É impossível negar que esta desigualdade exista e esteja presente no dia à dia. E no filme isso vai ser escancarado no momento em que as melhores amigas - em especial a que é mãe de três meninos - descobre que a amiga, até então faxineira como ela, é, na verdade uma escritora, e está fazendo um livro sobre faxineiras.

A última frase do filme é algo tipo assim: "É melhor cada um saber o seu lugar".

Silencio das ostras

Assistido em 28 de junho de 2025

Nas primeiras 1h30 esse documentário é uma coisa. nos 30 minutos finais é outra, completamente diferente. É como um trabalho de escola que você faz a sua parte separado. Chega no dia de entregar e só junta as coisas. O documentário (que tá mais pra um filme) começa contando as vivências de uma família num vilarejo que é inteiramente dependente da mineradora que tem lá. A família inicialmente formada pela mãe, 4 ou 5 filhos homens, a filha, a personagem principal e o avô - um senhor bem debilitado e já muito velho, é continuamente reduzida a medida em que os filhos conseguem oportunidades de trabalho melhores para sair da extrema pobreza.

A mineradora é a única fonte de renda do lugar, então tudo gira em torno dela. A filha - como eu já disse, personagem principal - é abandonada pela mãe ainda criança. Não fica bem explicado o que acontece, o documentário/filme têm vários momentos em que coisas aparecem como vultos e em uma dessas vezes, a mãe aparece morta, boiando na represa d'agua que a mineradora usa. Em outro trecho ela aparece deitada numa casa abandonada, e é isso.

A filha têm um curioso e incômodo hobbie - colecionar insetos. Quando ela cresce, enche a casa de vários objetos de decoração feitos com os esqueletos dos insetos. Ela não fala muito e o sons (da água e principalmente dos insetos), contam boa parte da história.

Os irmãos vão abandonando o vilarejo e a filha - ninguém quer ficar ali naquele lugar, sem futuro.

Eles trabalham quebrando pedras sobre o solo, assim como os mineiros em desenhos animados, só que ao ar livre, depois as pedras passam por um processamento e são reduzidas, e, provavelmente depois disso o mineral é separado do rejeito, e o rejeito, armazenado na represa.

Sobre a primeira parte do documentário/filme é isso. E podia bem que ele podia parar mais ou menos por aqui. Por quê o que vem depois é um amontoado de histórias, uma nada haver com a outra, completamente desconexas e, algumas, pra ser sincero, bem incômodas de se ver.

Tudo começa quando o documentário/filme mostra vídeos do rompimento da barragem de Mariana, em 2015. Tudo bem, afinal é uma produção feita para mostrar o que aconteceu e cobrar justiça. Eles mostram imagens filmadas por celular e, depois, vídeos do rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019.

E depois volta a "contar a história" da personagem principal. Ela aparece num lugar cheiinho de lama, junto de vários cachorros. E pouco tempo depois se depara com um sujeito preso num buraco na lama - essa foi a cena mais vergonha alheia que já vi em um filme - e eles ficam ali, vários segundos, talvez minutos tentando sair do buraco. Ele conta que estava procurando a filha, que a esposa e outro filho conseguiram sobreviver, mas não vai arredar o pé dali até encontrar o corpo dela. Ele também fala que a lama já chegou no mar, através do estado do Espírito Santo.

Depois, a nossa nobre personagem principal passa mal (quase morre) e é socorrida por índios - e aqui tem uma intervenção, que não tinha havido sido feita antes, como é de costume nos documentários. Entra um narrador e conta a história dos índios. Também são mostradas cenas de celebrações que eles fazem. A nossa personagem principal passa um tempo breve com eles e depois resolve começar uma andança. Durante essa andança ela quase morre (mais uma vez). E fica nessa cena dela se contorcendo por vários segundos - e, assim como na outra em que ela tentava tirar o homem do buraco na lama - talvez minutos.

Ela anda tanto que chega no mar. E o documentário acaba. O que vêm depois são as letrinhas num fundo preto, citam os dois crimes ambientais, falam do número de mortos e dos desaparecidos. E, por fim, falam que as empresas não foram condenadas - e foi isso que mais me pegou. Não porquê eu não sabia do desatre ou que tudo se resumiu a multas, mas sim, porquê um senhor que estava na sala, levantou para sair e disse: "E não vão (ser condenadas) nunca".

O Barbeiro Conspiracionista

Assistido em 28 de junho de 2025

Uma comédia italiana. Certo dia um barbeiro conspiracionista percebe que o poste em frente a sua barbearia pisca como um padrão. Ele então descobre que as piscadas são uma mensagem, em código morse. A partir daí a história começa a ganhar grande proporção, atraindo uma legião de gente e a atenção de um político da região.

Maravilhoso, entretivo, muito bom.

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